O secretário-geral adjunto das Nações Unidas espera que a Assembleia-Geral chegue a um acordo sobre o cessar-fogo em Gaza e apela à solução de dois Estados. À SIC Notícias, Jorge Moreira da Silva diz que o direito humanitário internacional tem de ser cumprido.
“O problema é político dentro de Gaza. Estamos perante uma situação catastrófica e é fundamental que as resoluções do Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral da ONU sejam cumpridas. Mesmo em situação de guerra, o direito humanitário tem de ser cumprido”, defende Jorge Moreira da Silva.
O secretário-geral adjunto sublinha que o problema logístico foi resolvido, mas que o nível de insegurança e falta de proteção dos funcionários das Nações Unidas dentro de Gaza “torna praticamente impossível” a distribuição de ajuda.
“Isso torna este conflito muito diferente. Em todos há garantias de que pelo menos os humanitários conseguem trabalhar - há sempre corredores e operações humanitárias, mas em Gaza não conseguimos.”
Sobre as negociações entre Israel e o Hamas, afirma que é preciso ultrapassar o impasse e, para isso, que os Estados-membros das Nações Unidas devem pressionar por um cessar-fogo.
Jorge Moreira da Silva diz, no entanto, que não se devem ficar por soluções de “curto prazo” e apela à implementação dos dois Estados, porque “Israel tem direito à sua segurança e Palestina direito a ser um Estado”.