Conflito Israel-Palestina

Alargamento da guerra no Médio Oriente? "Netanyahu adoraria"

Rui Cardoso, jornalista do Expresso, vê o primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o líder do Hamas, Yahya Sinwar, como “duas faces da mesma moeda”. “Nem um nem outro quer que a guerra acabe, ainda que por razões diferentes."

SIC Notícias

O Médio Oriente está “à beira de uma catástrofe iminente”. O alerta da coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, depois de novo ataque mortífero Israelita em Beirute, deixa clara a gravidade da situação. Na prática, não há esforço diplomático em prol da paz ou de um cessar-fogo que trave uma guerra onde quem manda quer que ela continue.

É o que considera Rui Cardoso, jornalista do Expresso, que vê o primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o líder do Hamas, Yahya Sinwar, como “duas faces da mesma moeda”.

“Nem um nem outro quer que a guerra acabe, ainda que por razões diferentes. Sinwa, em Gaza, quer que a guerra continue porque reforça o protagonismo do Hamas, reforça a visibilidade da causa palestiniana e, mais importante, desprestigia internacionalmente Israel (...) Netanyahu, enquanto a guerra continuar, não tem de prestar contas à justiça e não tem de enfrentar a opinião pública”, diz o jornalista, lembrando que o chefe de Governo israelita está “a marimbar-se para os reféns e as suas famílias."

“Há um risco real”

O último bombardeamento de Israel no Líbano aconteceu depois de, em meados da semana passada, duas vagas de explosões simultâneas em milhares de aparelhos de comunicação de membros do Hezbollah terem feito 37 mortos e ferido quase 3.000 em diferentes partes do país.

Ele [Netanyahu] adoraria que as hostilidades se entendessem ao sul do Líbano”, afirma Rui Cardoso.

“Há um risco real do conflito escalar por uma razão simples: mesmo que o Hezbollah se mantenha numa situação de baixo limiar de resposta (...) há o risco de derrapagens."

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