Conflito Israel-Palestina

Autoridades de saúde pedem a Israel que cumpra pausas nos combates para acabar com surto de poliomielite

Atenção: algumas imagens podem chocar. Horas antes de começar a campanha de vacinação contra a poliomielite, a Faixa de Gaza voltou a sofrer intensos bombardeamentos de Norte a Sul por parte de Israel, que terão provocado a morte a cerca de 30 pessoas, entre as quais crianças.

Miguel Franco de Andrade

Depois de uma noite intensa de bombardeamentos que causaram a morte a cerca de 30 pessoas na Faixa de Gaza, as autoridades de saúde apelam a Israel e à comunidade internacional para que sejam cumpridas as pausas nos combates, de forma a por fim ao surto de poliomielite que grassa no território.

Na outra zona ocupada, na Cisjordânia, a operação israelita que começou na passada quarta feira já provocou pelo menos outras 20 mortes. As ruas de Jenin e Tulkarem, na Cisjordânia, transformado em verdadeiras zonas de guerra.

Desde quarta feira que a operação que Israel classifica de antiterrorista tem com a polícia e o exército israelita a darem conta da morte de vários elementos do Hamas e a divulgarem imagens de operações no terreno, que terão provocado em quatro dias a morte, ao todo, de cerca de 20 pessoas. Entre as outras vítimas, incluem-se um homem de 82 anos e dois jovens de 13 e 17 anos.

Muitas famílias do território palestiniano ocupado por Israel tentam evitar o surto de violência e o uso da força que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos considera ilegal, por entre denuncias de maus tratos, espancamentos e destruição das infraestruturas civis.

Horas antes de começar a campanha de vacinação contra a poliomielite, a Faixa de Gaza voltou a sofrer intensos bombardeamentos de Norte a Sul por parte de Israel, que terão provocado a morte a cerca de 30 pessoas, entre as quais crianças.

No território devastado por quase 11 meses de guerra e com o colapso das redes de saneamento e saúde, foi identificado o primeiro caso em 25 anos de um bebé de 10 meses infetado com o vírus altamente infecioso que ataca o sistema nervoso, sobretudo de crianças, e pode levar à paralisia e à morte.

A OMS e as Nações Unidas apelam ao cumprimento das pausas humanitárias de oito horas ao longo de vários dias que não constituem qualquer um cessar-fogo de forma a permitir a campanha de vacinação de emergência de cerca de 640 mil crianças em Gaza com menos de 10 anos e evitar que a epidemia se espalhe.

Há meses que as autoridades de saúde e as Nações Unidas alertam para o perigo do surgimento de doenças infeciosas em Gaza.

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