Eleições Autárquicas

Lisboetas avaliam gestão da capital e dão nota negativa à habitação, taxas, trânsito (e não só)

Carlos Moedas tem boa nota no desempenho autárquico dos últimos quatro anos é uma das conclusão do estudo de opinião do ICS e do ISCTE, para a SIC e Expresso. Mas quando se pede aos inquiridos que avaliem o estado da cidade setor a setor, são poucas as avaliações positivas.

Cristina Figueiredo

Paulo Gamito

As eleições autárquicas aproximam-se e, na hora de escolher quem vai governar a capital nos próximos quatro anos, a SIC e o Expresso quiseram saber que avaliação fazem os alfacinhas da gestão da sua cidade, setor a setor.

O ICS -Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa perguntaram e os resultados do estudo de opinião não se pode dizer que surpreendem.

Numa escala de 0 a 10, em que 0 é muito má e 10 muito boa, a situação do acesso à habitação é a que pior sai no retrato. Alcança apenas 2.4, feita a média das respostas, menos 1.3 do que o registado há quatro anos quando se fez a mesma pergunta.

No top dos setores mais negativamente avaliados segue-se o combate à corrupção, os impostos e as taxas municipais e também o trânsito.

A lista prossegue abaixo da linha de água, com a integração dos imigrantes (que há quatro anos não fazia parte das perguntas do estudo de opinião), a limpeza das ruas, os apoios sociais ou a segurança, que baixou 1.2 pontos nas opiniões, por comparação com a avaliação feita em 2021.

Em território positivo, ainda assim modesto, apenas quatro setores: o controlo do ruído noturno, com 5.4, os transportes públicos e a qualidade dos espaços públicos, ambos com 6 pontos. Neste momento, o melhor setor de Lisboa, para os inquiridos, é mesmo a oferta cultural, com 6.7 pontos.

Na hora do balanço, mais de metade dos inquiridos até considera que o executivo camarário liderado por Carlos Moedas fez um bom trabalho nestes quatro anos. Mas ainda assim são significativamente muitos, quase 40%, os que acham que - pelo contrário - a equipa do agora recandidato não esteve bem neste mandato autárquico, e 10% não têm opinião.

A 12 de outubro se saberá o veredito final dos eleitores lisboetas.

Ficha Técnica

Este estudo de opinião foi coordenado pelo ICS e pelo ISCTE para a SIC e o Expresso. O trabalho de campo foi desenvolvido no concelho de Lisboa entre os dias 14 e 27 de julho pela GFK Metris, com recurso a simulação de voto em urna.

Para 800 entrevistas válidas foram contactados 2088 lares. A margem de erro máxima é de mais ou menos 3,5%, com um nível de confiança de 95%.

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