Um homem suspeito de ter fornecido armas a jihadistas responsáveis pelos ataques terroristas em Paris a 13 de novembro de 2015, que fizeram 130 mortos, 90 dos quais na sala de espectáculos Bataclan, foi acusado e detido no final de dezembro na Bélgica, confirmou hoje a Procuradoria federal belga.
O novo suspeito de envolvimento nos atentados, preparados sobretudo na Bélgica, foi detido "antes do Natal", confirmou hoje o porta-voz da Procuradoria federal, Eric Van Duyse, depois de a notícia ter sido avançada pelo tabloide belga La Dernière Heure.
O detido, identificado como o belga Mohamed E., é acusado de "ter participado nos assassínios terroristas", nomeadamente com o fornecimento de kalashnikov (um tipo de metralhadora) aos jihadistas que em 13 de novembro de 2015 perpetraram uma série de ataques terroristas, nomeadamente na sala de espetáculos Bataclan, na capital francesa, adiantou Van Duyse.
A justiça belga investiga ligações deste novo suspeito a Mohamed Bakkali, um belga de 31 anos detido duas semanas após os atentados e entregue em janeiro de 2018 às autoridades francesas.
Três comandos de nove jihadistas mataram 130 pessoas
Os atentados, reivindicados pelo grupo extremista Daesh, foram perpetrados por três grupos de nove jihadistas que mataram 130 pessoas e feriram mais de 350, em Paris.
As investigações revelaram ramificações terroristas na Bélgica onde, em 22 março de 2016, dois atentados à bomba mataram 32 pessoas em Bruxelas, 16 no aeroporto e 16 na estação do metro de Maalbeek.
Lusa