Afeganistão

Há 10 milhões de crianças em risco no Afeganistão

Desde que os talibãs tomaram o poder, o Afeganistão viu agravar-se a crise humanitária. 

SIC Notícias

Refugiados afegãos que vivem há décadas no Paquistão estão pessimistas quanto à possibilidade de regressarem a casa.

Mohammad Nadir nasceu em Mazar-i-Sharif no Afeganistão. Chegou ao país vizinho há 35 anos. É operário e vive num campo de refugiados nos arredores de Quetta. Há muito que planeia voltar a casa, mas com a crise económica, agravada desde que os talibãs tomaram o poder, Mohammad não pode correr o risco de perder a segurança que encontrou no Paquistão.

Abdullah Khan deixou o Afeganistão há 40 anos pouco depois da invasão soviética. No Paquistão encontrou todo o tipo de dificuldades. O trabalho é irregular e faltam infraestruturas essenciais como saneamento básico e água potável. Ainda assim e, apesar da vontade, regressar ao Afeganistão é cada vez menos uma possibilidade.

No Paquistão, há quase 1 milhão e meio de refugiados afegãos registados e um número indeterminado de indocumentados. Perante a vontade de ajudar quem foge da brutalidade do regime talibã, os refugiados afegãos em Quetta sentem-se travados pelo medo.

Desde que os talibãs tomaram o poder há um mês, o Afeganistão viu agravar-se a crise humanitária. A fome é já uma realidade para metade da população do país de 38 milhões. Há 10 milhões de crianças em risco. As Nações Unidas preveem que meio milhão de afegãos fuja do país até ao final do ano.

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