Afeganistão

França anuncia fim da operação de retirada do Afeganistão

Num total de quase 3.000 pessoas, para além dos quase 1.500 afegãos acolhidos antes do agravamento da crise.

Ahmad Jamshid

Lusa

O Governo da França deu por concluída a operação de retirada do Afeganistão dos seus cidadãos e de aliados, num total de quase 3.000 pessoas, para além dos quase 1.500 afegãos acolhidos antes do agravamento da crise.

"Com a rápida retirada das forças norte-americanas responsáveis pela segurança no aeroporto de Cabul confirmada a curto prazo, e com as condições de segurança já não satisfeitas no aeroporto, as nossas operações de evacuação terminaram na sexta-feira, 27 de agosto", lê-se num comunicado emitido na noite de sexta-feira em Paris pelos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.

No texto, o governo francês explica que desde 15 de agosto tem estado a conduzir operações de evacuação de Cabul, com o apoio dos norte-americanos, para cidadãos franceses, de outros países e, principalmente, afegãos com "ligações à França ou ao seu compromisso com os valores que partilhamos".

Para além das quase 3.000 pessoas que foram retiradas do país "em circunstâncias excecionalmente difíceis", o governo dá ainda conta de mais quase 1.500 afegãos que também saíram do Afeganistão rumo a França "antes de 15 de Agosto, em antecipação da crise atual".

No comunicado, lê-se ainda que "a França estará sempre ao lado do povo afegão" e conclui-se: "A França continuará, por todos os meios possíveis, o seu trabalho para proteger aqueles que são ameaçados e, para tal, continuaremos os nossos esforços junto dos líderes talibãs para garantir que não impedirão a partida daqueles que desejem partir após 31 de agosto".

Os talibãs conquistaram o poder no Afeganistão em 15 de agosto, após uma ofensiva que intensificaram em maio, com o início da retirada das forças dos Estados Unidos e dos seus aliados.

A retirada das forças dos Estados Unidos tem de estar concluída até à próxima terça-feira, 31 de agosto, um prazo confirmado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, na quinta-feira.

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