O padre da Malveira e da Venda do Pinheiro, que é suspeito de abusos sexuais de menores, vai ficar proibido de contactar com crianças, jovens e adultos vulneráveis. O patriarcado de Lisboa anunciou este domingo que Teodoro de Sousa deixará de ser pároco.
É um afastamento parcial de funções. O padre Teodoro de Sousa - até agora pároco na Malveira e Venda do Pinheiro -, vai poder continuar a exercer o ministério, ou seja, vai poder celebrar missas privadas, batizados, casamentos ou funerais, mas está proibido de dar catequese ou desempenhar funções em que tenha de contactar com crianças, jovens e adultos vulneráveis.
As nomeações para o ano pastoral 2023/2024 foram conhecidas este domingo. Teodoro de Sousa surge na lista dos párocos dispensados de ofícios pelo Patriarcado de Lisboa. É um único caso, desta lista, de afastamento por suspeitas de abusos sexuais de menores.
O pároco de 74 anos sempre negou as acusações de abusos sexuais de menores, mas quando a notícia foi conhecida, houve quem tenha decido que era altura de falar.
A SIC sabe que há três testemunhos diretos e três indiretos que chegaram à Comissão Diocesana de Proteção de Menores. Contaram que o padre lhes pedia que se sentassem ao seu colo, relataram toques inapropriados e disseram que chegava até a lamber-lhes as orelhas.
Os abusos terão acontecido no final da década de 90 na Academia de Música de Santa Cecília, em Lisboa.
As alegadas vítimas são todas homens, hoje na casa dos 30 anos, mas que à data dos abusos tinham cerca de oito anos. Os relatos foram essenciais para que o processo avançasse.
Teodoro de Sousa deixa de ser pároco da Malveira e da Venda do Pinheiro. O novo pároco será o padre Paulo Gerardo, que até agora liderava outras duas paróquias de Mafra.