Abusos na Igreja Católica

Abusos sexuais na Igreja: padre que se entregou às autoridades tenta anular acusação

Anastácio Alves esteve desaparecido cinco anos e, quando reapareceu, entregou-se à polícia por pedofilia. Agora, invoca que as declarações das vítimas são pouco precisas.

SIC Notícias

O padre madeirense que se entregou às autoridades por pedofilia mudou de ideias e tentou anular a acusação, mas não conseguiu. O caso vai mesmo a julgamento.

A defesa do ex-padre madeirense acusado de abuso sexuais - e que andou desaparecido durante cinco anos - tentou anular a acusação, mas sem sucesso. O caso vai mesmo a julgamento, só não tem é data para começar.

Quando apareceu em Fevereiro - depois de cinco anos em parte incerta - disse que vinha para colaborar com a justiça e com as vítimas, mas a disponibilidade do antigo padre Anastácio Alves mudou em poucos meses.

Em Abril, a defesa do antigo sacerdote acusado de vários crimes de abuso sexual a um menor de 13 anos pediu a nulidade das declarações da vítima. Da mesma forma, invocou que essas declarações são pouco precisas, não indicam os dias em que terão ocorrido os abusos.

Porém, a juíza da instância central da Comarca da Madeira, a quem foi entregue o processo, recusou o pedido de nulidade por entender que estes são argumentos para se tratar em audiência de julgamento.

Anastácio Alves será mesmo julgado pelos crimes de que está acusado. Ou seja, cinco crimes de abuso sexual, tendo o último ocorrido em Agosto de 2016, quando o padre - na altura pároco em Paris - estava de férias na Madeira e foi jantar a casa dos avós da vítima, de quem era amigo.

Uns meses depois dava entrada no Ministério Público uma queixa contra o ainda padre. Era a terceira vítima a acusar Anastácio Alves, mas, ao contrário dos outros, não recuou, nem retirou as acusações.

E, por isso, depois de ter sido informado pelo então bispo do Funchal, o sacerdote desapareceu da morada de Paris em 2018.

Pelo meio ainda renunciou aos votos de sacerdote, mas só voltou aparecer perante a justiça no início deste ano.

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