A Igreja Católica criou uma equipa para acompanhar as vítimas de abuso sexual. O chamado grupo VITA é presidido pela psicóloga Rute Agulhas, que até agora fazia parte da Comissão da Diocese de Lisboa. Está prevista a elaboração de um manual de prevenção comum a toda a Igreja. A criação deste organismo foi anunciada na última assembleia plenária da Conferência Episcopal e terá uma duração de pelo menos três anos. Na SIC Notícias, Filipe Avillez antecipa e analisa alguns detalhes sobre o que se espera deste grupo de trabalho.
“Este grupo vai trabalhar muito a área da prevenção (…) tenho só algum medo que estejamos a cair numa mania muito portuguesa de multiplicar organismos para parecer que estamos a dar respostas às questões e isso às vezes pode vir a dificultar”, refere o jornalista especialista em Assuntos Religiosos.
“É de esperar e de confiar que esteja tudo muito bem definido - quem faz o quê? E não dificultarem o trabalho uns aos outros”, considera Filipe Avillez.
“O que está a falhar neste momento, das indicações que eu tenho, é que já existem listas de suspeitos que transitaram da comissão independente, algumas denúncias que foram feitas entretanto também as comissões diocesanas e há casos em aberto. O que falta é as vítimas tomarem a iniciativa, que é difícil, de se chegarem à frente e de darem a cara por aquilo que aconteceu para que os processos possam andar para a frente… Não implica necessariamente uma revelação pública da identidade”, conclui o jornalista.