Abusos na Igreja Católica

Abusos sexuais na Igreja: vários católicos acreditam que número de casos será superior

Os abusos sexuais na Igreja Católica continuam e continuarão na ordem do dia. Em Coimbra, vários fiéis reagiram às conclusões de relatório elaborado pela Comissão Independente.

SIC Notícias

A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica divulgou esta segunda-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, as conclusões do trabalho realizado ao longo de 2022, que resultou na recolha de centenas de testemunhos de vítimas.

No primeiro relatório do género divulgado em Portugal, Pedro Strecht, presidente da comissão independente admite que terá havido no mínimo 4.415 vítimas de abusos sexuais na Igreja.

À porta da Igreja Santa Cruz em Coimbra, os fiéis saíam esta segunda-feira da missa de final de tarde, dia em que o relatório foi divulgado. O tema dos abusos sexuais não terá feito parte da eucaristia mas não faltaram opiniões sobre o relatório apresentado pela comissão que estudou os casos.

"Acho mal, muito mal", é esta a opinião da maioria dos fiéis sobre o número de abusos sexuais que foram revelados através do relatório, partilham também que “que havia de ser há mais tempo” que estes casos deviam ter sido divulgados.


Tal como o Presidente da Republica afirmou, que estes (elevados) números podem ser apenas parte do fenómeno e não um todo, questionados sobre o aparecimento de mais casos, os católicos admitem que deve ter havido “muitas denuncias que não foram feitas” e há quem admita que o melhor a fazer é “pedir-se desculpa e também rezar”.


O mais importante agora é que o assunto não seja ignorado nem caía em esquecimento e para isso é necessário "que se discute, se avalie e se trate bem esse assunto, acreditando que será possível por travão nessa situação".

Últimas