Se já recebeu, provavelmente já reparou. O salário que caiu na conta é superior ao do último mês. A explicação é simples: a descida do IRS, aprovada em julho, está a fazer efeito agora.
O Governo reduziu a taxa de retenção na fonte entre 0,4% e 0,6% nos oito primeiros escalões, mas o nono também sente a diferença porque a taxa é progressiva.
No final de agosto, há mais dinheiro disponível e em setembro será igual. O aumento sentido é significativo porque tem efeitos retroativos a janeiro. A partir de outubro, a taxa de retenção será aproximada à anterior, ou seja, o efeito é muito menor porque não acumula a descida dos últimos meses e, por isso, o salário voltará a ser parecido com o de julho.
Em 2024 também houve uma redução, a fatura chegou nos acertos deste ano, e isso também vai acontecer no próximo. Os portugueses estão a pagar menos IRS agora, mas no acerto de contas, em 2026, das duas uma: ou vai receber menos ou poderá mesmo ter de pagar.