Economia

Descida do IRS aumenta salários de agosto e setembro, mas pode resultar em reembolsos menores em 2026

A descida do IRS aprovada no início do verão começou a fazer efeito agora. Os salários de agosto e setembro vão ser mais elevados, mas este aumento significa reembolsos menores no próximo ano.

Hugo Maduro

Se já recebeu, provavelmente já reparou. O salário que caiu na conta é superior ao do último mês. A explicação é simples: a descida do IRS, aprovada em julho, está a fazer efeito agora.

O Governo reduziu a taxa de retenção na fonte entre 0,4% e 0,6% nos oito primeiros escalões, mas o nono também sente a diferença porque a taxa é progressiva.

No final de agosto, há mais dinheiro disponível e em setembro será igual. O aumento sentido é significativo porque tem efeitos retroativos a janeiro. A partir de outubro, a taxa de retenção será aproximada à anterior, ou seja, o efeito é muito menor porque não acumula a descida dos últimos meses e, por isso, o salário voltará a ser parecido com o de julho.

Em 2024 também houve uma redução, a fatura chegou nos acertos deste ano, e isso também vai acontecer no próximo. Os portugueses estão a pagar menos IRS agora, mas no acerto de contas, em 2026, das duas uma: ou vai receber menos ou poderá mesmo ter de pagar.

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