Economia

Depois de bater recordes, preço do azeite está (finalmente) a descer

Depois de ter atingido valores recorde nos últimos dois anos, o preço do azeite baixou cerca de 40%. Esta descida deve-se ao aumento de produção da última campanha em cerca de 10%. Considerado o segundo melhor ano de sempre.

João Faiões

João Tuna

Depois de nos últimos dois anos o preço do azeite ter atingido valores históricos com aumentos de 150% devido à escassez provocada pela seca nos principais países produtores, assiste-se agora a uma retoma da normalidade. 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, a última campanha da azeitona, em Portugal, resultou num aumento de produção na ordem dos 10% face ao ano anterior.  2024 é por isso considerado o segundo melhor ano de sempre com uma produção de azeite de quase dois milhões de hectolitros.

Isso mesmo está a refletir-se no preço. Segundo o Jornal de Notícias, no passado mês de abril uma garrafa de azeite virgem extra custava, em média, 6,80 euros, menos 40% do que há um ano em que o preço ultrapassou os 11 euros. 

E consequência desse preço elevado o consumo caiu mais de 20%. 

“O azeite era um produto que estava cada vez mais a aumentar o seu consumo e a sua notoriedade junto dos consumidores e com este aumento drástico de preços, que é facilmente explicável pela quebra de produção, não foi nada que tenha a haver com especulação, mas tem principalmente a ver com quebra de produção na bacia do Mediterrâneo durante dois anos, houve muita gente que optou por outro tipo de gorduras e, portanto, nós neste momento também temos de fazer um esforço enorme em recuperar esse público que deixou de ser consumidor do azeite”, diz Francisco Pavão da Associação de Produtores em proteção integrada de Trás-os-Montes. 

E com a queda do preço do azeite não será difícil recuperar o consumo. Contudo, é provável que não volte aos valores de quatro a cinco euros por garrafa praticados antes da crise porque os fatores de produção estão bastante mais caros.

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