Presidenciais

Sete candidatos (para já) a Belém? "No meu tempo houve nove ou dez, lembro-me pelos debates que tive de fazer"

O Presidente da República recusa comentar o anúncio da candidatura de André Ventura mas explica porque está inclinado para marcar as eleições presidenciais para o dia 18 de janeiro. São duas as razões, mas “uma é mais importante” por ter em conta um possível cenário de segunda volta.

Ana Lemos

No dia em que André Ventura apresentou a candidatura a Belém, o Presidente da República desvalorizou o facto de já serem sete os candidatos, lembrando que quando foi ele candidato contou com “nove ou dez” adversários.

“Lembro-me pelos debates que tive de fazer, alguns até de pé, o que era um pouco mais cansativo, e depois os debates com todos. Portanto haver sete, oito, nove, dez, os cidadãos têm esse direito”, disse Marcelo Rebelo de Sousa à margem de um evento em Lisboa.

Mas quando questionado sobre a mais recente candidatura, recusou comentar: “Não me posso pronunciar sobre candidaturas presidenciais”, tal como, recordou, fez quando os restantes candidatos - Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes, António José Seguro, António Filipe,Catarina Martins e João Cotrim de Figueiredo - anunciaram a entrada na corrida a Belém.

18 de janeiro, a data mais provável

Apesar de ainda não ter uma decisão tomada porque quer esperar pelas autárquicas, o chefe de Estado aponta, tal como a SIC avançou, o dia 18 de janeiro como o mais provável para as eleições presidenciais, “por duas razões, uma mais importante do que a outra”.

“(…) O prazo de entrega de candidaturas termina um mês antes e tradicionalmente acabou por terminar na véspera de Natal (dia 24). Se a data para a primeira volta for 25 de janeiro, [esse prazo termina] no dia de Natal, e ainda é mais complicado do ponto de vista burocrático”, apontou.

Mas, prosseguiu, há uma razão “ainda mais importante” e que se prende com o possível caso de uma segunda volta. “O período de tempo entre a primeira e a segunda voltas é de 21 dias, o que daria a segunda volta no domingo de Carnaval, o que não me parece sensato”, não só por contribuir para a abstenção, mas também por não ser “época que deva corresponder a uma decisão tão importante”.

Este é o meu pensamento tendencial mas ainda não é a formalização, que haverá em tempo oportuno”, conclui Marcelo que promete entre 12 de outubro e 18 de novembro anunciar a data.

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