Economia

Encerramento fábricas da Volkswagen: Autoeuropa em Palmela não deverá ser afetada

O Grupo Volkswagen quer fechar, pelo menos, três fábricas na Alemanha e cortar milhares de postos de trabalho. O plano será uma resposta à quebra nas vendas e à concorrência chinesa. A fábrica da Autoeuropa, em Palmela, não deverá ser afetada.

Emanuel Nunes

A administração da Volkswagen ainda não confirmou oficialmente os supostos planos de reestruturação da empresa. Mas, de acordo com o principal sindicato de trabalhadores do grupo, na Alemanha, pelo menos três fábricas deverão ser encerradas e as restantes vão ver reduzida a sua dimensão. Milhares de postos de trabalho vão ser eliminados ou suspensos e os salários serão reduzidos em 10%.

Os planos foram comunicados aos trabalhadores, esta segunda-feira, pelo sindicato que garante que a administração está determinada.

Em comunicado enviado à SIC, o Grupo Volkswagen não confirma nem desmente. Diz apenas que não entra em especulações acerca de negociações confidenciais com a comissão de trabalhadores. A confirmarem-se os planos, esta será a maior reestruturação da empresa em décadas de história, na Alemanha.

Empresa e sindicato estão de acordo quanto aos problemas que a Volkswagen enfrenta, mas divergem quanto às soluções. A SIC sabe que as atuais negociações dizem apenas respeito às fábricas alemãs, por implicarem custos muito superiores aos das fábricas do grupo noutros países.

Não há por isso qualquer indicação de que a fábrica de Palmela possa sofrer qualquer impacto dos eventuais cortes na Alemanha.

"Não prevemos algum tipo de dificuldades ou corte de produção aqui em Palmela", garantiu Rogério Nogueira, Coordenador da Comissão de Trabalhadores VW Autoeuropa, no início de setembro.

Recentemente, o responsável máximo da Volkswagen já se tinha referido os elevados custos operacionais do grupo, agravados pela concorrência chinesa e a quebra de vendas na Europa.

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