Os Certificados de Aforro continuam a render 2,5%, um valor muito baixo para atrair novamente as poupanças dos portugueses. Nos bancos mais pequenos, ainda é possível encontrar alguns depósitos com juros mais altos.
A Euribor está lentamente a descer e a taxa de juro do Banco Central Europeu mantém-se atualmente nos 3,75%. Isso quer dizer que os bancos vão também baixar as taxas de juro dos depósitos a prazo, algo que já está a acontecer.
Apesar disso, há alguns pequenos bancos que têm depósitos um pouco acima dos 4%, em prazos muito curtos ou com limites mínimos. Por exemplo, tem o banco Best com um depósito de 4,25% a três meses. O banco BIG tem um depósito também a 90 dias a render 4%.
O banco Português de Gestão oferece igualmente 4%, bem como o BAI Europa, que tem a mesma oferta para seis meses e 3,75% para o prazo de três meses.
Oferta dos maiores bancos está abaixo dos 3%
Com valores menores tem ainda vários bancos com juros acima de 3%, mas é sempre para prazos curtos, apenas para novos clientes e com limite muito específicos.
Ou seja, a oferta dos maiores bancos portugueses já está abaixo ou muito abaixo dos 3%, chegando - em alguns casos - a ser piores do que os Certificados de Aforro, que atualmente estão no máximo de 2,5% (mais os prémios de permanência).
De acordo com os dados mais recentes do Banco de Portugal, a taxa média dos novos depósitos a prazo para particulares está em 2,72%. Mas ,se o Banco Central Europeu voltar a cortar a taxa de referência em Setembro ou Outubro, é de esperar que os juros dos depósitos a prazo continuem a cair.
Portugueses continuam a preferir depósitos a prazo
Os números indicam que os portugueses continuam a canalizar as poupanças para os depósitos a prazo, mesmo rendendo cada vez menos. Têm medo de colocar o dinheiro em bancos mais pequenos ou estrangeiros. Também recusam qualquer produto sem capital garantido, mesmo que tenham retornos historicamente maiores, como Fundos PPR, Fundos de investimento, seguros de capitalização ou contas remuneradas em corretoras.
A inflação em Portugal ronda os 2,5%, por isso, para não perder dinheiro, é imperativo que tenha as suas poupanças a render pelo menos 3,5% para que depois do pagamento dos impostos, pelo menos fique com o mesmo dinheiro que tem hoje.