Economia

Agricultores "reivindicam medidas que foram aprovadas", diz Fernando Medina

O ministro das Finanças garante que o Governo "está a fazer a sua parte" e que as "questões que foram resolvidas" na quarta-feira vinham a ser alvo de debate entre as principais confederações de agricultores e o Governo.

SIC Notícias

O ministro das Finanças, Fernando Medina, diz que há um problema de confiança e que os agricultores precisam de ver aplicadas as medidas anunciadas pelo Governo, que vão entrar em vigor já na segunda-feira. Em entrevista à Renascença, o ex-autarca de Lisboa relembra ainda que as medidas foram negociadas com as principais confederações.

Os agricultores portugueses estão nas ruas a protestar contra a falta de apoios, a carga de impostos e a concorrência desleal. Sobre esta questão, Fernando Medina refere que os profissionais "reivindicam precisamente as medidas que foram ontem (quarta-feira) aprovadas".

O ministro acredita que os agricultores vão acabar por perceber que as medidas anunciadas "são reais" e vão ser aplicadas.

"Posso da aqui um elemento, por exemplo, relativamente à diminuição da tributação sobre o gasóleo, marcado pela dimensão de impostos. Ela entrará em vigor, mais tardar, já na próxima segunda-feira. E eu acho que isso será um sinal também de confiança para todos", revela.

Acrescenta que o Governo "está a fazer a sua parte" e que as "questões que foram resolvidas" na quarta-feira vinham a ser alvo de debate entre as principais confederações de agricultores e o Governo. Explica que as mesmas não foram resolvidas mais cedo porque "vinham a ser alvo de uma reflexão exigente".

Governo avançou com pacote de ajuda

Perante a paralisação dos agricultores pelo país, o Governo adiantou à Lusa, na quinta-feira, que a maior parte das medidas do pacote de apoio anunciado para o setor, no dia anterior, com mais de 400 milhões de euros de dotação, entra em vigor ainda este mês, com exceção das dependentes de 'luz verde' de Bruxelas.

Na quarta-feira, o Governo avançou com um pacote de ajuda aos agricultores, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), que não travou os protestos, que acabaram por ser desmobilizados em diversos locais, na quinta-feira à noite, mas prosseguiram noutras zonas, como Ficalho.

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