Para que o assunto não caia no esquecimento, realizou-se esta sexta-feira em Miranda do Douro uma Assembleia Municipal que contou com a presença de vários políticos nacionais.
Três anos depois da venda das seis barragens do Douro, que renderam à EDP 2.200 milhões de euros, o Estado ainda não cobrou os impostos que, no total, podem atingir 400 milhões de euros.
Por cobrar estão o imposto de selo, IRC, IMT e IMI.
Em relação a este último, os municípios não estão de acordo com a avaliação feita pela Autoridade Tributária, que teve apenas em conta os paredões e edifícios das barragens, deixando de fora os equipamentos das centrais, o que reduz para cerca de um terço o valor de IMI a pagar.
Para não deixar cair o assunto no esquecimento, a assembleia Municipal de Miranda do Douro dedicou a sessão desta sexta-feira a essa matéria. Aos deputados municipais juntaram-se representantes nacionais de alguns partidos.
Adão Silva, vice-presidente da Assembleia da República, deixa o repto à direção do partido para que não abandone o assunto, sobretudo se chegar ao poder.
Entretanto, decorre há dois anos e meio no Ministério Público uma investigação ao negócio de venda das barragens por suspeita de fraude fiscal.