Economia

Três anos depois da EDP vender barragens, continuam por cobrar os impostos

Por cobrar estão o imposto de selo, IRC, IMT e IMI que, no total, podem atingir 400 milhões de euros. A venda das seis barragens rendeu à EDP 2.200 milhões de euros.

João Faiões

Para que o assunto não caia no esquecimento, realizou-se esta sexta-feira em Miranda do Douro uma Assembleia Municipal que contou com a presença de vários políticos nacionais.

Três anos depois da venda das seis barragens do Douro, que renderam à EDP 2.200 milhões de euros, o Estado ainda não cobrou os impostos que, no total, podem atingir 400 milhões de euros.

Por cobrar estão o imposto de selo, IRC, IMT e IMI.

Em relação a este último, os municípios não estão de acordo com a avaliação feita pela Autoridade Tributária, que teve apenas em conta os paredões e edifícios das barragens, deixando de fora os equipamentos das centrais, o que reduz para cerca de um terço o valor de IMI a pagar.

Para não deixar cair o assunto no esquecimento, a assembleia Municipal de Miranda do Douro dedicou a sessão desta sexta-feira a essa matéria. Aos deputados municipais juntaram-se representantes nacionais de alguns partidos.

Adão Silva, vice-presidente da Assembleia da República, deixa o repto à direção do partido para que não abandone o assunto, sobretudo se chegar ao poder.

Entretanto, decorre há dois anos e meio no Ministério Público uma investigação ao negócio de venda das barragens por suspeita de fraude fiscal.

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