A venda de azeite caiu nos últimos meses. O preço mais do que duplicou e os clientes estão a procurar alternativas, como marcas mais baratas ou óleo de tempero.
A escassez do produto fez disparar o preço, em alguns casos quase para o dobro, e fez a venda de azeite embalado cair 1% em Portugal entre janeiro e outubro. Nas exportações, a quebra foi de 28% até setembro.
Dados do INE indicam que a produção de azeitona deverá crescer 20% este ano, mas não se espera que provoque descida dos preços a nível internacional.
Ainda assim, a modernização do olival em Portugal tem permitido um aumento da produção, numa altura em que há quebras brutais noutros países europeus devido às alterações climáticas.
A situação tem sido particularmente complicada em Espanha e Itália, os dois maiores produtores de azeite do mundo. A colheita do ano passado foi a pior de sempre.
Para assegurar a quota de mercado, muitas marcas espanholas e italianas têm recorrido ao azeite a granel português. Portugal produz cerca de 180 mil toneladas de azeite, das quais 65% é vendida a granel.
Este ano, ao contrário dos outros produtores europeus, a perspetiva nacional é de que a produção de azeite aumente 20%, algo que não deverá ter impacto no preço, alinhado com o valor internacional.