A taxa Euribor a seis meses vai registar uma queda mensal pela primeira vez em dois anos, depois de o Banco Central Europeu colocar um travão na subida dos juros. A Euribor a 12 meses irá pelo mesmo caminho, mas isso não significa um alívio de todas as prestações bancárias, tal como explica o jornal ECO.
A Euribor a seis meses, que entrou em terreno positivo a 6 de junho de 2022, tem aumentado ao longo dos últimos 22 meses. No entanto, no final de novembro, deverá cair para 4,07%, um valor abaixo da média de 4,115% do mês de outubro.
A 12 meses - a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável -, a Euribor também irá sofrer um revés e cair para a média mais reduzida desde junho, cerca de 4,02%.
Estes recuos refletem a pausa na subida destes indexantes anunciada pelo BCE no mês de outubro, mas também as expectativas de que esta entidade comece a descer as taxas de juro em 2024. Só a Euribor a três meses vai, à partida, manter a tendência de subida.
Descidas não significam alívios das prestações
Mesmo que as taxas a seis e 12 meses caiam, isso não significa obrigatoriamente que a prestação da casa desça nos próximos meses porque os contratos com taxa variável são atualizados consoante a periodicidade estipulada. Assim sendo, os contratos com taxa variável a seis meses, por exemplo, que irão ser revistos em dezembro foram atualizados em junho, quando a Euribor se situava nos 3,68%. Isso significa que neste caso a prestação vai subir por conta de a Euribor estar mais elevada do que a de junho.