Entrou esta quinta-feira em em vigor a moratória das prestações do crédito à habitação, com a duração de dois anos. Ainda assim, os bancos deixam um aviso: este alívio que agora será feito fará com que se paguem mais juros no futuro.
Com o pedido da moratória, as instituições congelam a taxa variável dos contratos durante dois anos, com o equivalente a um desconto de 30% da Euribor a seis meses, sendo aplicada a média mensal da Euribor no mês anterior.
O aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu fez aumentar a taxa de esforço das famílias e, por isso, o Governo quer suavizar a prestação ao banco.
Ainda assim, existem algumas regras a ser preenchidas para poder ser feito o acesso à moratória:
- O contrato do crédito tem de ser anterior a 15 de março deste ano;
- Tem de ter atualmente taxa variável e um prazo remanescente superior a cinco anos;
- É ainda obrigatório que não esteja em incumprimento ou com prestações em atraso;
- Para além disso, também não pode estar em situação de insolvência e tem de estar abrangido por um plano de ação para o risco de incumprimento.
Mesmo que durante 24 meses o cálculo da prestação corresponda a 70% da Euribor a seis meses, no final, os mutuários dos créditos vão pagar mais juros devido à moratória.
O Banco de Portugal sublinha que apenas devem pedir este apoio as famílias que precisem de Reduzir a prestação mensal.