O Banco Central Europeu (BCE) decidiu voltar a subir as taxas de juro de referência, sendo a 10.ª subida consecutiva. Com esta subida, as taxas de referência atingem o valor mais elevado de sempre da zona euro.
O Governo já tinha antecipado esta decisão e vai criar um mecanismo para reduzir e estabilizar durante dois anos as prestações do crédito à habitação.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou na quarta-feira que aguardavam a decisão do BCE sobre as taxas de juro para aprovarem, no Conselho de Ministros na próxima semana, as medidas de apoio.
De acordo com a manchete do Expresso de sexta-feira, quem aderir ao novo pacote terá de imediato uma redução da taxa de juro.
O novo mecanismo deverá durar dois anos e ficará disponível para todos os portugueses com empréstimo para habitação permanente, seja qual for o valor do crédito ou do rendimento que declaram.
É uma notícia que será explicada ao detalhe na edição desta semana do Expresso.
Que outras ajudas está a preparar o Governo?
Os bancos poderão ser obrigados a converter a taxa variável em taxa fixa sempre que o esforço do cliente com o crédito atinja os 40% do rendimento líquido.
O apoio às famílias deverá passar também pelo alargamento da bonificação dos créditos. Esta medida já está em vigor, mas deverá ser reforçada.
Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, admitiu, esta quinta-feira, que "no próximo Conselho de Ministros, aprovaremos os diplomas que pretendem responder de forma atualizada às necessidades que as famílias portuguesas sentem no âmbito do crédito à habitação".
De acordo com Mariana Vieira da Silva, no apoio à renda, já foram abrangidas "mais de 185 mil famílias".
"E a nossa expectativa é que as medidas da próxima semana possam constituir uma resposta ao novo contexto e uma melhoria do diploma que tínhamos aprovado antes do verão", acrescentou.