O Governo pondera avançar com novas medidas para combater a inflação. As medidas deverão ser apresentadas este mês com o novo Orçamento do Estado. O IVA Zero deverá ser prolongado.
Ninguém ou quase ninguém se lembra de períodos assim: preços a subir, muito e rapidamente.
O IVA ZERO entrou em vigor em abril para controlar os aumentos e revelou-se eficaz. Apesar da desconfiança inicial.
"Muitas famílias que vão ao mercado dizem que está tudo alto. Têm razão, desde o início da da guerra, até agora, os aumentos foram de 15%. Se não fosse esta medida estariam mais altos", comentou Luís Marques Mendes.
Tem surtido efeito no alivio das famílias portuguesas e sem grandes impactos para as contas do Estado, por isso a medida deverá ser renovada.
"Aquilo que eu confirmei é a medida do IVA ZERO. Governo vai manter, prorrogar, com decisão na próxima semana. Provavelmente dura até ao final do ano porque depois entra Orçamento do Estado e definirá todo o quadro fiscal de 2024", explicou Marques Mendes, comentador da SIC.
Em julho, o ministro das Finanças já tinha admitido a hipótese de prolongar o IVA Zero, quase ao mesmo tempo que anunciava o fim das cativações.
Garantias de melhorias, que nos últimos meses foram sendo dadas a conta gotas, por vários membros do Governo.
"A decisão que tomamos é manter até ao final do ano IVA Zero e vamos avaliar sempre neste sentido", disse Fernando Medina.
Também Vieira da Silva abordou que será possível baixar o IRS.
Foi a ministra da Presidência, em substituição de António Costa, durante o mês de agosto que anunciou a intenção do Governo em reduzir impostos.
E esta segunda-feira, ao Jornal de Negócios, Mariana Vieira da Silva insiste "É no quadro do que lá está definido (Programa de Estabilidade) em matéria de redução de IRS que estamos a trabalhar".
“No próximo dia 10 de outubro entregaremos na Assembleia da República o nosso Orçamento que corresponde a este e a outros desafios com os quais estamos confrontados”, explicou.
Não abre o jogo, nem sobre as medidas do Governo para combater a inflação, nem sobre a redução do IRS.
Admite apenas trabalhar em cima do que já está previsto pelo Programa de Estabilidade.
Ao mesmo tempo que a oposição desafia a António Costa a descer o IRS já este ano.