Economia

Redução da taxa de stress: alteração não influencia mensalidade mas facilita acesso ao crédito

Em outubro, o Banco de Portugal vai reduzir a taxa de stress de 3% para 1,5%, para compensar a subida da Euribor. A taxa de stress foi criada para compensar as taxas de juros, que, na altura, estava próximas de zero.

Catarina Lúcia Carvalho

Sérgio Campos

A partir de outubro, as regras vão mudar e tornar mais fácil o acesso de algumas famílias ao crédito à habitação. O Banco de Portugal vai reduzir de 3% para 1,5% a taxa de stress, que influencia o cálculo da taxa de esforço de quem pede um novo empréstimo para comprar casa.

A taxa de stress de 3% foi criada em 2018, quando as taxas de juro da habitação estavam próximas do zero. Ficou desajustada da realidade agora que os valores chegam ao patamar dos 4%. À espera dessa mudança na lei, há bancos e famílias que já estão a adiar a realização dos novos contratos.

A alteração não terá influência no valor da mensalidade. Apenas facilita, em alguns casos, o acesso a um crédito, que até agora podia ser recusado.

A subida das taxas de juro nos empréstimos tem apertado as finanças das famílias. Há quase um ano e meio que a Euribor está em constante subida. Em média, as mensalidades aumentaram 40%, mas há créditos que até duplicaram.

Em Portugal, 90% das famílias tem os créditos à habitação indexados à Euribor. Há 14 anos, que a taxa de juro média destes contratos não atingia valores tão altos. Em setembro, pode voltar a haver nova subida já prevista pelo Banco Central Europeu.

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