Se por um lado aumenta a tarifa de acesso às redes, uma das componentes da fatura da eletricidade paga por todos os consumidores, por outro cai a tarifa de energia elétrica.
Uma combinação que equilibra as contas e que permite arrancar o mês de julho sem alterações nos preços da luz. Mas isto apenas no mercado regulado. Ou seja, para 900 mil clientes, que representam menos de 7% do consumo total.
No mercado livre, a situação poderá ser outra. É que a descida na tarifa da energia elétrica pode não ser suficiente para compensar a subida no custo do acesso à rede.
“Para um consumo médio de uma família, uma fatura no mercado regulado que ronde os 37 euros, podemos estar a falar de um aumento entre os 4 até 15 euros, isto para os novos contratos. Os novos contratos são um excelente barómetro para aquilo que vai acontecer na revisão dos milhões de contratos que existem”, antecipa Pedro Silva, da DECO.
Mas a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) lembra que os preços no mercado grossista têm vindo a descer e que os comercializadores no mercado livre podem ajustar as ofertas no mesmo sentido.
Uma eventual descida na componente de energia por esses comercializadores pode compensar o aumento das tarifas de acesso às redes como acontece para os clientes no mercado regulado.