Economia

Lagarde sai de Sintra com aviso: “Governos, por favor, é altura de diminuir os apoios"

A subida dos juros é para continuar e chegou o momento de os Governos começarem a parar com as atribuição de apoios feitos para combater a Covid-19 e a crise energética.

SIC Notícias

O Banco Central Europeu (BCE) aponta para nova subida dos juros no final de Julho. No fórum anual, que decorreu em Sintra, Christine Lagarde disse que é tempo de os Governos recuarem nos apoios.

Em menos de um ano, os juros na zona euro subiram quatro pontos percentuais, um novo aumento no final de julho já foi anunciado e é provável que volte a acontecer em Setembro, mas a presidente do BCE não se compromete.

“Dependemos de dados. Iremos decidir em cada reunião e iremos ter muito trabalho para tomar uma decisão. Sabemos que temos muito para tratar, e se os pontos base se mantiverem, então sabemos que irão provavelmente aumentar em julho”, disse Christine Lagarde.

“A política monetária deve tornar-se previsível o mais depressa possível para que todos possamos tomar decisões para o nosso futuro com algumas certezas, para isso precisamos que a inflação continue a baixar”, refere Mário Centeno.

Certezas Lagarde tem quanto às medidas tomadas até agora e tal como o Banco de Inglaterra, que também continua a subir taxas.

A Reserva Federal norte-americana, que em junho fez uma pausa nas subidas, a primeira em 15 meses , assume que poderá voltar a aumentar os juros.

No segundo dia do Fórum Anual do BCE, Lagarde foi categórica quando apontou para as margens de lucros das empresas para os aumentos salariais como causas da crise inflacionista.

Esta quarta-feira, a presidente do Banco Central Europeu voltou a pedir moderação, desta vez, aos Governos, na atribuição de apoios.

“Governos, por favor, é altura de diminuir as medidas que tomaram para a Covid e para a energia e de seguir um caminho que irá levar a uma melhor sustentabilidade das vossas finanças públicas”, pediu.

Nem todos os países têm seguido o mesmo caminho. No Japão, a estratégia é outra, apesar da inflação estar acima dos 2% há mais de um ano, o Banco Central decidiu manter a política das taxas negativas, que iniciou em 2016.

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