Economia

Economia? "Números estão bons, a questão é chegar às pessoas"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que no plano económico "os grandes números estão bem", mas "a questão é chegar à vida das pessoas" esse crescimento da economia portuguesa.

SIC Notícias

Lusa

No antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, a propósito das previsões económicas da Comissão Europeia, segundo as quais a economia portuguesa irá crescer 2,4% em 2023, Marcelo Rebelo de Sousa disse acreditar que até "pode atingir mais" do que prevê Bruxelas.

"Eu penso que pode atingir mais, pois se o primeiro trimestre, que é o mais complicado, teve um crescimento de 2,5%, o turismo continua a subir, as exportações continuam a subir, o investimento externo está a aguentar bem, e vamos agora entrar no período máximo do turismo que é o verão, não há razões para esperar que não possa haver até um resultado no fim do ano superior a isso", argumentou.

Além disso, "o défice está controlado" e"os números de desemprego até agora não são preocupantes". Ou seja, “a macroeconómica, os grandes números estão bons, a questão é chegar à vida das pessoas e demora tempo, uma coisa são os grandes números, outra é chegar à vida das pessoas”, assinalou.

“E pode chegar por vários caminhos. Um deles é a execução do Plano de Recuperação e Resiliência português (PRR), na medida em que quando chega ao terreno distribui mais dinheiro em obras, portanto em salários, compra de materiais”, lembrou Marcelo, indicando que “melhorou” a taxa de execução do PRR.

Segundo número do chefe de Estado, “passou para 1.800 e tal milhões no terreno mas estão já contratualizados mais de cinco mil milhões. Portanto é uma questão de esperar que nos próximos meses (…) cheguem ao terreno. Por outro lado, há as medidas extraordinárias adotadas pelo Governo e que entram em força agora nestes meses – a elevação com efeitos retroativos dos salários da Função Pública, o que virá em julho com pensionistas e reformados, etc.”.

"Vamos ver se isso também contribui para injetar dinheiro na vida das famílias, para que as famílias no fundo tenham a noção de que estão a ver a luz ao fundo do túnel, isto é, os bons resultados que estão nos números macro chegarem aos seus bolsos micro", acrescentou.

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