Os certificados de aforro têm ganho popularidade devido à subida das taxas de juro e à falta de vontade dos bancos para subirem os juros dos depósitos. Apesar disso, o ministro das Finanças, Fernando Medina, notou que esta corrida a este produto deverá melhorar as condições nos depósitos bancários.
Fernando Medina respondia aos jornalistas à saída da reunião dos ministros das Finanças europeus (Conselho Ecofin). O governante considera positiva esta ‘corrida’ aos certificados, que atualmente têm uma “rentabilidade superior aos [produtos] concorrentes”.
“É importante na medida em que o reforço da base na dívida pública portuguesa é um dos objetivos que tínhamos para 2023 e tem aqui uma materialização relativamente aos certificados de aforro”, disse o ministro.
De qualquer modo, Medina considera que “em breve com este movimento acentuado irá haver notícias do ponto de vista financeiro da melhoria das condições nos depósitos, é importante que [os bancos] façam esse movimento”, sublinhou.
Os certificados de aforro são um produto financeiro com total garantia (são produtos do Estado) e a taxa de juro base da série atualmente em comercialização (série E) deste produto financeiro corresponde à Euribor a três meses acrescida de 1%, com um teto máximo de 3,5%. A que se somam ainda prémios de permanência. Um valor bastante superior ao dos depósitos, daí o dinheiro investido neste produto ter vindo a bater recordes.