Economia

"É importante os portugueses saberem" que não há recessão, afirma Marcelo

As declarações do chefe de Estado foram feitas a partir de La Valletta, Malta, antes do décimo sétimo encontro do Grupo de Arraiolos, que junta chefes de Estado da União Europeia com poderes não executivos.

SIC Notícias

Lusa

As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa recaem sobre as garantias deixadas pelo primeiro-ministro antes de ser apresentado o próximo Orçamento do Estado

"É importante os portugueses saberem, não é o Presidente da República saber. O importante é que os portugueses saibam que o Governo prevê que não haverá recessão depois deste período de crescimento, que no ano que vem não se prevê. Prevê-se crescimento, ainda que mais modesto", referiu o Presidente da República, que se encontra em Malta para participar no 17.º encontro informal do Grupo de Arraiolos, no qual terá encontros bilaterais com os seus homólogos alemão, italiano e polaco, além do anfitrião.

Marcelo Rebelo de Sousa tem defendido, ao longo das últimas semanas, que o Governo deveria apresentar o cenário macroeconómico que prevê para 2023. Também ressalvou as garantias dadas por António Costa noutros dois planos: "por um lado, o controlo do défice orçamental e, por outro lado, expectativas de que a guerra, por muito que dure, não tem consequências que afetem a vida dos portugueses com a dimensão e o risco que outras economias estão a atravessar", assume Marcelo.

O primeiro-ministro afastou um cenário "de não crescimento e menos ainda de recessão" no próximo ano e antecipou que a economia vai "continuar a crescer acima da média europeia".

"Este ano somos o país da União Europeia que teve um crescimento mais alto, no próximo ano a recessão em muitos países europeus nós necessariamente não somos imunes e, portanto, Portugal vai crescer menos do que cresceu este ano, mas não vamos ter nenhum cenário de não crescimento e menos ainda de recessão", salientou, esta quarta-feira, Antonio Costa

O chefe de Governo adiantou também que o ministro das Finanças, Fernando Medina, irá reunir esta sexta-feira "com todos os partidos representados na Assembleia da República, como está previsto no estatuto da oposição" e "será em primeira mão aos partidos da oposição" que o Governo vai apresentar o cenário macroeconómico, recusando antecipar dados concretos.

Já na terça-feira, no encerramento de um ciclo de conferências sobre a covid-19, na sede da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa pediu que se falasse a verdade sobre os efeitos da guerra na Ucrânia e que se equacione medidas excecionais neste período, como aconteceu no combate à pandemia. "Isso ajudou, ajudou até o espírito nacional que se criou, ultrapassando barreiras entre órgãos de soberania e entre forças políticas, económicas e sociais. Eu penso que na guerra deve ser exatamente o mesmo", acrescentou o presidente da república.

Últimas