O custo de vida vai manter-se em níveis recorde. O Banco de Portugal prevê que a inflação se fixe em 7,8%, este ano, a pior estimativa até agora. Mas o Banco Central também diz que a economia vai crescer ligeiramente acima do previsto.
O Banco de Portugal aponta para um crescimento de 6,7%, mais 4 décimas do que previa em junho. Uma subida que se explica sobretudo pela rápida recuperação do turismo e pelo consumo das famílias que voltaram a níveis pré pandemia.
A inflação volta a subir. Em junho, as previsões apontavam para 5,9, mas afinal deve ficar nos 7,8%, o pior dos cenários até agora traçados.
O Governo aponta para 7,4 e o Conselho das Finanças Públicas 7,7%.
Apesar da subida é um valor que continua abaixo da média da Zona Euro.
O Banco de Portugal diz, no entanto, que o pico já terá passado e que se notam alguns sinais de alívio.
O desemprego deverá crescer ligeiramente e passar de uma estimativa de 5,6% para 5,8.
Com o investimento a abrandar, a situação só não é pior porque os portugueses estão a usar as poupanças acumuladas durante a pandemia.
O regulador diz estar atento à subida das taxas de juro, mas mantém a convicção que o risco de incumprimento das famílias em pagar os créditos continua a ser muito baixo. Não avança com projeções para 2023, mas assume que a economia vai desacelerar de forma significativa.