António Costa anunciou que vai ser estabelecido um limite máximo de 2% no aumento das rendas das casas e dos espaços comerciais, a partir do próximo ano. No entanto, os senhorios condenam a medida que consideram ser discriminatória e os inquilinos dizem que não resolve o problema das famílias.
A nova medida, que visa limitar a 2% a atualização máxima do valor das rendas das habitações e rendas comerciais, vai ser "compensada através da redução do IRS e do IRC dos senhorios", explicou António Costa. Ao fazerem a identificação das rendas, o sistema automaticamente gerará o valor da compensação dos senhorios.
Os proprietários consideram esta medida discriminatória.
“Achamos que as famílias deveriam ser apoiadas, mas de forma direta e não haver este exercício contabilístico e fiscal da compensação do referencial dos 2%”, diz Carlos Luís Teixeira, da Associação Nacional de Proprietários.
Para a Associação Inquilinos do Norte, a nova medida também não resolve o problema das famílias.
“Os inquilinos vêm com satisfação a fixação das rendas com o limite máximo de 2%, mas essa medida não resolve aquilo que é a situação das famílias com rendimentos médios e baixos do nosso país”, afirma Alexandra Cachucho.