A Renault revelou que irá vender 34,02% da sua unidade sul-coreana à chinesa Geely Automobile Holdings por cerca de 264 mil milhões de won (cerca de 195 milhões de euros).
Desta forma, a fabricante francesa de automóveis liberta fundos para poder investir nos seus principais mercados e nos modelos elétricos, que considera estarem atrasados, escreve a agência Reuters.
A Renault, cujas vendas caíram pelo terceiro ano consecutivo em 2021, está a executar um plano de recuperação com o objetivo de aumentar as margens de lucro e dividir os seus negócios de elétricos e modelos de combustão.
A decisão de vender mais de 34% da sua unidade sul-coreana (Renault Korea Motors), ocorre uma semana depois de os meios de comunicação internacionais noticiarem que a Renault, principal acionista da Nissan, pode reduzir a sua participação na empresa japonesa.
Para a chinesa Geely, esta é uma forma de ganhar posição no mercado sul-coreano, que é dominado pelas marcas locais Hyundai e Kia.
Segundo a agência de notícias, a Renault vai emitir 45,4 milhões de ações a 5.818 won (4,3 euros) por ação para a Geely.
No final de 2021 a Renault detinha 80% da sua unidade coreana. Os restantes 20% eram detidos pela empresa de cartões de crédito Samsung Card, que anunciou, em dezembro passado, que pretendia vender a sua participação na empresa.