Os anúncios foram feitos hoje por Fernando Medina, na assinatura do acordo de gestão, que entra em vigor a 1 de janeiro do próximo ano:
- - 250 novos autocarros nos próximos três anos, num investimento de 60 milhões de euros,
- - a diminuição em 40% das emissões poluentes,
- - a contratação de 220 motoristas
- - e a criação de 21 novas linhas.
"Temos uma visão estratégica para os próximos cinco anos", disse Fernando Medina, acrescentando estar consciente de que as mudanças não vão acontecer "num mês ou num ano".
O autarca anunciou, ainda, passes gratuitos para todas as crianças até aos 12 anos (a partir de fevereiro de 2017) e descontos para os idosos, além da criação de uma "rede de bairros", onde serão criadas carreiras para ligar os principais pontos de cada zona (escolas, mercado, Centro de Saúde, etc).
O primeiro bairro a receber esta rede será Marvila.
Outra das medidas anunciadas pelo autarca é a criação de sete corredores BUS de elevado desempenho em percursos estruturantes, uma nova aplicação com informação em tempo real do tempo de espera e do trajeto e internet gratuita em todos os autocarros e elétricos.
Fernando Medina fez ainda saber que vão ser criados 4.455 novos lugares de estacionamento em parques dissuasores que vão existir em Pedrouços, no Areeiro e junto aos metros da Pontinha, Ameixoeira e Bela Vista e aos estádios da Luz e de Alvalade.
Na cerimónia, e depois de receber simbolicamente as chaves da Carris das mãos do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que tutela os transportes, o presidente da Câmara de Lisboa disse que hoje é "um dia histórico para a cidade porque a Carris regressa a casa".
"Quero transmitir uma palavra de confiança à cidade e ao país, porque estamos preparados para gerir bem e melhor a Carris", disse Fernando Medida, acrescentando que aquela empresa será "financeiramente estabilizada" e não vai regressar "ao tempo das dívidas históricas".
Dirigindo-se aos trabalhadores, assegurou que "com a Câmara de Lisboa não haverá concessão ou privatização" e apelou ao seu "esforço e empenho, porque os desafios pela frente são gigantescos".
Ao tomar a palavra, o ministro do Ambiente defendeu que é "às autarquias que pertence gerir as empresas públicas de transporte terrestre", porque são as autarquias "quem pode tomar as decisões estratégias de planeamento do espaço público de forma a favorecer os autocarros".
A cerimónia arrancou com a banda filarmónica da Carris a tocar a "Maria da Fonte" e terminou com o presidente da Câmara a ir de elétrico até à Praça do Município.
Com Lusa