De acordo com informações hoje divulgadas pelo gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho chegará à capital do Sri Lanka, Colombo, no dia 20 de julho, saindo de lá no dia seguinte para Timor-Leste - onde participará, com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, na X Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
No Sri Lanka, está previsto que o chefe do executivo PSD/CDS-PP se reúna com o seu homólogo, D. M. Jayaratne, e visite projetos apoiados pela Assistência Médica Internacional (AMI), devendo ser acompanhado nessas visitas pelo presidente desta organização não-governamental, o médico Fernando Nobre.
Segundo o gabinete de Pedro Passos Coelho, esta é a primeira visita oficial de um primeiro-ministro português ao Sri Lanka e inclui ainda a assinatura de um memorando de entendimento entre a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a sua congénere cingalesa.
Neste país asiático, que já foi chamado de Ceilão e Taprobana, a AMI presta apoio ao Centro para a Sociedade e Religião, localizado em Colombo, e à Fundação Burgher Sri Lanka-Portugal, em Batticaloa, uma zona afetada pelo tsunami de dezembro de 2004, onde vivem lusodescendentes integrantes da comunidade Burgher.
Segundo a página da AMI na Internet, o Centro para a Sociedade e Religião procura promover os direitos humanos e encontrar soluções para os problemas da população através dos valores das quatro principais religiões praticadas no Sri Lanka: budismo, hinduísmo, cristianismo e islamismo.
Quanto à Fundação Burgher Portugal-Sri Lanka, na mesma página lê-se que a AMI promoveu a sua criação para desenvolver projetos de cariz social e cultural e desenvolver os laços entre os dois países, com prioridade para a comunidade lusodescendente, constituída por cerca de cinco mil pessoas. Em 2011, a AMI iniciou em parceria com esta fundação um projeto de ensino de língua e cultura portuguesa.
Ex-candidato presidencial, Fernando Nobre foi eleito deputado pelas listas do PSD nas legislativas de junho de 2011, tendo renunciado ao mandato depois de falhar a eleição para presidente da Assembleia da República, cargo ao qual se candidatou com o apoio de Pedro Passos Coelho.
Na altura, Pedro Passos Coelho considerou que Fernando Nobre "ajudaria o parlamento a abrir-se à sociedade civil" e lamentou a oportunidade desperdiçada de "ter um verdadeiro independente a presidir ao parlamento".
Lusa