Economia

CGTP diz que salário mínimo deve ser aumentado no imediato

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos,  lembrou hoje que "o salário mínimo está por atualizar há três anos" e afirmou  que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, está a remeter para o futuro  um problema que exige resposta imediata. 

Líder da CGTP, Arménio Carlos (Lusa/Arquivo)
José Goulão

"Não se pode estar a falar de um aumento do salário mínimo para o futuro  quando neste momento o que importa é responder ao presente. O salário mínimo  está para ser atualizado (...) há mais de três anos", afirmou à Agência  Lusa. 

A reação de Arménio Carlos surge depois de o primeiro-ministro se ter  mostrado hoje disponível para fazer concessões na Concertação Social, admitindo  levar para cima da mesa a discussão da melhoria do salário mínimo nacional  e a revisão das condições da negociação coletiva. 

"Esta declaração do primeiro-ministro remete para a frente a resolução  de um problema que exige resposta no presente. Não podemos esquecer que  há um acordo por cumprir: os 500 euros do salário mínimo nacional deviam  estar em vigor desde 01 de janeiro de 2011", criticou o dirigente sindical.

O responsável da CGTP disse que os trabalhadores que auferem este salário  perderam, neste período, 675 euros e reclamou "uma atualização imediata"  do salário mínimo para os 515 euros para repor parte do poder de compra  entretanto perdido 

Quanto à contratação coletiva, Arménio Carlos lembrou que foi o Governo  que alterou a lei das portarias de extensão, levando a que grande parte  da contratação coletiva "ficasse bloqueada" e que "centenas de milhares  de trabalhadores tivessem visto reduzido o seu poder de compra" porque os  salários não foram atualizados.  

"Propomos que a lei das portarias de extensão seja revista imediatamente  e que seja assegurado o cumprimento da legislação que estabelece que compete  ao Ministério do Trabalho dinamizar a contratação coletiva", acrescentou,  acusando as entidades patronais de "estarem a destruir" a contratação coletiva  e a substitui-la por contratos individuais de trabalho. 

Outras reivindicações prendem-se com "medidas objetivas" para atribuição  do subsídio social de desemprego "aos dois terços de desempregados que neste  momento não têm qualquer tipo de proteção social" e com o respeito pelo  horário das 35 horas na administração pública. 

"Sem isto o diálogo está, à partida, comprometido", sublinhou o líder  da CGTP. 

A central sindical vai promover na terça-feira uma manifestação nacional  de dirigentes e ativistas sindicais para exigir ao ministro do Emprego uma  resposta para os problemas relacionados com contratação coletiva, direitos  laborais e salário mínimo nacional. 

Lusa

     

 

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