"Não podemos deixar cair o aumento do salário mínimo nacional, bater-nos-emos até às últimas consequências", disse Carlos Silva durante a sua intervenção na abertura do 13. Congresso dos Trabalhadores Social Democratas (TSD), que decorre em Albufeira, sob o lema "Portugal 2014 - retomar a esperança".
O secretário-geral da UGT considerou que o Governo "tem de fazer mais do que as palavras, dando mais 15 euros aos portugueses, porque o aumento não irá matar a fome a muitas famílias, mas é um sinal positivo e de esperança depois de um largo período de austeridade".
"Depois de três anos de castigos e penalizações temos o direito de olhar para o futuro e exigir o aumento", destacou.
"Não vamos passar do inferno ao paraíso a 17 de maio" mas, "mesmo que a 'troika' não concorde, o Governo tem de arranjar forma de aumentar o salário mínimo nacional", sublinhou Carlos Silva, recordando o aumento da retribuição mínima registado na Alemanha.
O secretário-geral da UGT lembrou que os trabalhadores portugueses que "são tão bons como os trabalhadores alemães", defendendo uma aproximação dos salários a nível europeu.
Carlos Silva apelou também "ao esforço de todos para evitar que Portugal demore 20 anos a colocar-se ao nível europeu em termos de salários", indicando que os portugueses têm de retomar a esperança 40 anos depois do 25 de abril de 1974.
O 13. Congresso dos TSD, sob o lema "Portugal 2014 - Retomar a esperança", iniciou-se hoje no pavilhão desportivo, em Albufeira, estando prevista a presença do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na sessão de encerramento, no domingo, pelas 12:00.
Lusa