O acordo sobre a "retirada de limitações comerciais" para 2013 e 2014 foi assinado pelo ministro da Economia russo, Alexei Ulyukayev, e pelo seu homólogo ucraniano, Igor Prasulov, noticiou hoje a agência France Presse.
Este acordo foi assinado juntamente com outros documentos, após negociações entre o Presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e o Presidente russo, Vladimir Putin, enquanto a oposição ucraniana contesta em Kiev o abandono de um acordo de associação com a União Europeia.
Vladimir Putin anunciou que a Rússia concordou apoiar a economia da Ucrânia, que atravessa dificuldades, com um investimento de 15 mil milhões de dólares nos títulos do governo da antiga república soviética.
Este valor será aplicado nas obrigações a emitir pela Ucrânia este ano e no próximo.
"Isto não está ligado a qualquer condição, nem à alta nem à baixa nem ao congelamento dos benefícios sociais, das pensões, das bolsas de estudo ou da despesa", acrescentou o Presidente russo, numa alusão às condições impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para um empréstimo à Ucrânia.
Putin garantiu que no encontro com Yanukovich não foi discutida a ideia de Kiev aderir a um bloco de comércio livre liderado pelo Kremlin.
"Eu queria acalmar toda a gente, hoje não discutimos, de todo, o assunto de a Ucrânia aderir à união aduaneira", acrescentou.
O Chefe de Estado russo anunciou ainda que as empresas de energia estatais da Rússia e da Ucrânia acordaram reduzir em um terço o preço que Moscovo cobra pelo gás natural ao seu país vizinho.
"Como viram, a Gazprom e a Naftogaz Ukraine assinaram uma emenda que permite à Gazprom vender gás à Ucrânia por um preço de 268,50 dólares por mil metros cúbicos. Como sabem, o preço atual é de cerca de 400 dólares", afirmou Putin.
Nos últimos dias, milhares de manifestantes em Kiev têm desafiado as ordens das autoridades, cercando edifícios governamentais em protesto contra a suspensão das negociações para a assinatura de um pacto comercial e político com a União Europeia.
Lusa