Economia

Metas do défice inalteradas nos 5,5% este ano e nos 4% em 2014

As metas do défice orçamental permanecem inalteradas nos 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e nos 4% em 2014, anunciou hoje o Governo. Apesar do Executivo ter defendido a redução da meta do défice do ano que vem de 4% para 4,5%, os representantes da troika não revelaram abertura.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, estão esta tarde a apresentar as conclusões do oitavo e nono exames regulares ao cumprimento do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.

A troika chegou a Lisboa a 16 de setembro para iniciar a oitava avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), ao abrigo do qual Portugal vai receber um total de 78 mil milhões de euros ao longo de três anos.

No final de julho, Portugal já tinha recebido 67.298 milhões de euros, o equivalente a 86,3% do total do envelope financeiro acordado, segundo o boletim mensal de agosto do IGCP, a agência que gere a dívida pública.

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou hoje que foi defendido pelo Governo, durante as negociações, um alargamento da meta do défice para o ano que vem dos atuais 4% para 4,5%, mas a 'troika'  não revelou abertura.

"O Governo defendeu, como já fizera em abril deste ano, um objetivo mais adequado e dentro dos limites do tratado orçamental da União Europeia, 4,5%", da meta para 2014, afirmou Paulo Portas durante a apresentação dos resultados da 8ª e 9ª avaliações do Programa de Assistência Económica Financeira.

No entanto, explicou o governante, esta meta não foi alargada, como já havia sido, porque a troika não revelou abertura nesta matéria".

Paulo Portas aproveitou para afirmar que, segundo o Governo, esta alteração seria "melhor para o interesse nacional", mas que esta proposta esbarrou na intransigência da troika.

Lusa

Últimas