Jorge Nuno Pinto da Costa oficializou este domingo, no Coliseu do Porto, a recandidatura à presidência do FC Porto. “Todos pelo Porto” é o lema da campanha do atual presidente dos dragões desde 1982, que será candidato pela 16.ª vez.
"Sou candidato à presidência do FC Porto", informou o dirigente.
Num discurso em que admitiu ser-lhe difícil “controlar as emoções”, apresentou-se de corpo e alma para “compartilhar o amor ao FC Porto”. Numa sala cheia para o ouvir, congratulou-se por não haver “ninguém ressabiado”.
“Não basta dizer-se que se sonhou com uma cadeira de sonho, não basta querer abrir caminho para que gente que nem é do FC Porto tome o FC Porto para fazer negócios. Apresento-vos a minha candidatura pelo coração, pelo nosso amor ao FC Porto.”
Em estilo de recado, lembra que quem escolhe o presidente do clube são os sócios e que, ainda que este seja o seu último mandato, irá “cumpri-lo até ao fim”.
Abraço de Sérgio Conceição deixou Pinto da Costa em lágrimas
Sérgio Conceição, que até então assistia à cerimónia mais resguardado, dirigiu-se ao presidente dos dragões para um abraço sentido. Pinto da Costa, que já tinha terminado o discurso emocionado, acabou em lágrimas.
Pinto da Costa, de 86 anos, é o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.
O dirigente junta-se ao empresário Nuno Lobo, candidato derrotado em 2020, e a André Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol, entre os candidatos às próximas eleições dos 'dragões', que ainda não têm data marcada, mas deverão ocorrer em abril.
Nascido a 28 de dezembro de 1937, na freguesia portuense de Cedofeita, começou por exercer cargos diretivas em várias modalidades amadoras do clube, em 1962, incluindo o boxe e o hóquei em patins, e passou a chefiar a secção de futebol (1976-1980), antes de se ter tornado candidato único à sucessão do então presidente Américo de Sá, em 1982.
Em quase 42 anos completos sob a presidência de Pinto da Costa, o FC Porto iniciou um novo ciclo no futebol nacional e mais do que quintuplicou o seu palmarés - de 16 para 84 troféus -, ao celebrar 23 campeonatos, 15 Taças de Portugal, 22 Supertaças Cândido de Oliveira, uma Taça da Liga, duas Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, duas Taças UEFA/Liga Europa, uma Supertaça Europeia e duas Taças Intercontinentais.
Em busca da projeção nacional e além-fronteiras, os dragões acumularam vários outros sucessos nas camadas jovens e em modalidades como andebol, atletismo, basquetebol, boxe, bilhar, ciclismo, hóquei em patins, natação e voleibol, além do desporto adaptado.
Os seus mandatos pautaram-se ainda pela modernização infraestrutural, refletida na abertura do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia (2002), no Olival, do Estádio do Dragão (2003) e do Dragão Arena (2009), que vieram render os já demolidos Estádio das Antas e pavilhão Américo de Sá, ou do museu do clube (2013).