António Félix da Costa é presença assídua no Mundial de Resistência e de Fórmula E, um dos campeonatos mais importantes de monolugares. Já foi campeão do Mundo em 2020 e está de forma constante nos lugares de topo. Em entrevista à SIC Notícias, o piloto conta como tem sido a preparação da nova época.
O atleta confessa que o período de pré-época é um dos "mais chatos", mas também "um dos mais importantes". Explica que os meses anteriores ao início da competição são essenciais para trabalhar com a equipa os aspetos a melhorar.
O piloto português representa a equipa da Porsche, que está sediada na Alemanha, o que o obriga a viajar regularmente para treinar junto dos profissionais da marca.
"Nesta fase vou à Alemanha um ou dias por semana fazer muito trabalho de simulador. Os testes são limitados para todas as equipas, ou seja, os testes físicos com o carro, por isso há muito trabalho de simulador. Temos um simulador de última geração em que parece que estamos mesmo no carro e conseguimos testar tudo como se estivéssemos no circuito. Obviamente não é igual, mas para poupar custos, nesta fase, todas as equipas trabalham muito com o simulador", conta o atleta.
Mundial de Fórmula E têm início em janeiro
Acrescenta que os testes físicos começam dentro de duas semanas, em Espanha e França, e que depois disso arrancam os testes oficiais, em Valência, onde se juntam todos os pilotos de todas as equipas durante três dias.
Já o campeonato de Fórmula E começa oficialmente no fim de semana de 12 de janeiro, na Cidade do México, como tem vindo a ser habitual.
"Tanto a Porsche como eu temos ambições altíssimas. Não estamos aqui para ficar contentes com sextos e sétimos lugares", atira António Félix da Costa que almeja repetir o feito de 2020, quando se sagrou campeão do mundo da categoria.
Confessa que compete em campeonatos bastante competitivos, mas que isso "não é um travão" para a sua ambição.
“Quando um português entra em campo ou em pista os outros atletas já olham com algum respeito”
Sobre o desenvolvimento de outros desportos, para além do futebol, em Portugal, Félix da Costa acredita que isso está a mudar, muito por "culpa" de Cristiano Ronaldo e Mourinho, que "colocaram Portugal no mapa".
"Hoje em dia, quando um português entra em campo ou em pista os outros atletas já olham para nós com algum respeito e 'atenção que este é perigoso'", afirma.
Diz que no país existe "tanto talento", bem como uma grande união entre todos os atletas lusos, algo que considera estar a ser passado ao povo português.