Após ter sido noticiado que o FC Barcelona fez pagamentos a uma empresa de Enríquez Nogueira, vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros, as potenciais consequências já são conhecidas: despromoção ou, até mesmo, proibição de participar em provas de futebol profissional, de acordo com o El Mundo.
O FC Barcelona está sob investigação por ter contribuído com 95% do dinheiro recebido pela empresa DASNIL 95 SL, totalizando um milhão e meio de euros entre 2016 e 2018. O problema? A empresa é de José María Enríquez Nogueira que, na altura dos pagamentos, era vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros.
As alegações feitas pelo jornal El Confidencial são de que a empresa só existia para receber esse dinheiro.
La Liga sem FC Barcelona
De acordo com o Real Decreto sobre Disciplina Desportiva, o FC Barcelona pode ser despromovido - o que implica não jogar mais na La Liga -, estando contemplado no artigo 14 que “ as ações destinadas a predeterminar, por preço, intimidação ou simples acordos, o resultado de uma prova ou concurso" são infrações muito graves.
Da mesma forma, o clube pode ser expulso temporária ou definitivamente do futebol profissional. No entanto, como a investigação está a ser levada a cabo por via criminal, está impedido qualquer tipo de ação administrativa.
Caso a investigação seja arquivada, o FC Barcelona pode não vir a sofrer qualquer tipo de sanção administrativa, pois estas prescrevem, neste caso, após três anos e o último pagamento foi feito em junho de 2018. Porém, do ponto de vista criminal, as sanções podem-se tornar penas de prisão entre seis meses a quatro anos para os envolvidos nos pagamentos, de acordo com o número 4 do artigo 286 do Código Penal espanhol.
Mais: as penas não se aplicam apenas às pessoas, mas também às empresas e, desta forma, mesmo que ninguém fosse condenado, o clube da Catalunha poderia sair seriamente lesado a nível desportivo e financeiro.
Tanto a empresa de Negreira como o FC Barcelona podem ter multas de seis meses a cinco anos e o valor teria de ser calculado tendo em conta os benefícios obtidos através destas transações.
As próprias instalações do clube não estão a salvo, podendo ser encerradas por um período máximo de cinco anos.