Desporto

Rússia condena apelo para excluir atletas dos Jogos Olímpicos Paris

O apelo foi feito presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e muitos países concordaram. E a Rússia? Diz que estamos perante um "desejo não dissimulado"

Semana marcada ainda pelo anúncio oficial de que a França vai voltar a receber os Jogos Olímpicos em 2024. Paris foi candidato derrotado em 1992, 2008 e 2012. Receberá os Jogos um século depois da última - organizou em 1900 e 1924.
Gonzalo Fuentes

SIC Notícias

Lusa

A Rússia condenou, este sábado, o apelo para a exclusão de atletas russos dos Jogos Olímpicos de Paris2024, feito pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerando que é "absolutamente inaceitável".

"A tentativa de ditar as condições de participação dos atletas em competições internacionais é absolutamente inaceitável (...) Estamos atualmente a assistir a um desejo não dissimulado de destruir a unidade do desporto internacional", afirmou o ministro russo dos Desportos, Oleg Matytsin, citado por agências noticiosas russas.

Na sexta-feira, durante uma reunião por videoconferência com ministros do Desporto de vários países, Zelensky considerou que a presença de desportistas russos nos Jogos Olímpicos Paris2024, mesmo que sob bandeira neutra, seria "um sinal de violência e de impunidade".

"Devem cuidar do desporto nos seus próprios países e fazer de tudo para garantir que o desporto é um embaixador da paz e constrói pontes entre os povos", respondeu o ministro russo.

A Ucrânia tem-se assumido fortemente contra a eventual presença de russos e bielorrussos em Paris2024, como pretendido, nomeadamente, pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e ameaça boicotar a competição.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, que os desportistas russos e bielorrussos estão banidos da maioria dos eventos desportivos.

Em fins de janeiro, o COI propôs um roteiro para o regresso dos desportistas russos e bielorrussos sob bandeira neutra, na condição de "não terem ativamente apoiado a guerra na Ucrânia".

O presidente francês, Emanuel Macron, cujo país vai acolher os Jogos em 2024, disse que vai pronunciar-se pessoalmente "no verão".

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