Desporto

Ex-responsável dos Jogos Olímpicos de Tóquio detido

A detenção, por suspeitas de corrupção, surge na sequência da investigação por violação das regras da livre concorrêcia no âmbito da organziação dos Jogos de “Tóquio 2020”.

Eugene Hoshiko

Lusa

Um alto funcionário do comité organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio e três executivos foram hoje detidos na sequência de uma investigação em curso por violação das regras da livre concorrência no âmbito da organização do evento.

Yasuo Mori, ex-vice-diretor do comité organizador de Tóquio2020, foi detido juntamente com Koji Henmi, da empresa publicitária japonesa Dentsu, e mais dos executivos, sob a acusação de violar as leis antimonopólio e práticas anticoncorrenciais.

De acordo com a comunicação social local, os quatro homens estão acusados de terem manipulado uma série de concursos no valor total de 40 bilhões de ienes (cerca de 285 milhões de euros), para a organização de eventos olímpicos.

A investigação da manipulação dos concursos para a escolha dos locais para eventos que serviram de teste aos Jogos Olímpicos, bem como para o próprio evento, é liderada pela Comissão de Comércio Justo do Japão, que analisa as violações das leis antimonopólio.

Alguns dos contratos tinham apenas um licitante, de acordo com relatos na comunicação social, e a procuradoria de Tóquio refere que as detenções por escândalos de fraude em concursos estão apenas a começar e podem envolver mais empresas.

Os detidos decidiam antecipadamente qual a empresa que iria ganhar um contrato e "concordavam que apenas a empresa escolhida para ganhar o contrato deveria participar" em cada concurso, refere a procuradoria em comunicado.

Há um outro caso, relativo a suborno, que está a ser investigado

A procuradoria está também a investigar um outro escândalo de suborno centrado no ex-executivo da Dentsu, Haruyuki Takahashi, que era membro do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóqui2020, realizados em 2021 devido à Covid-19.

As amplas alegações de corrupção em torno de Tóquio2020 fizeram com que a candidatura da cidade de Sapporo, no norte do Japão, à organização dos Jogos de Inverno de 2030 fosse colocada "em espera".

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