O treinador Nuno Campos abandonou o comando técnico do Santa Clara, que liderava desde outubro, sendo substituído interinamente pelo até aqui treinador adjunto Tiago Sousa, oficializou esta quarta-feira o clube da I Liga de futebol em comunicado.
"A Santa Clara SAD não contará mais com os elementos da equipa técnica Nuno Campos, Miguel dos Santos e Luís Pereira", lê-se no comunicado de imprensa.
O Santa Clara diz ainda que, "até nova comunicação", "os trabalhos da equipa de futebol profissional continuarão a cargo do treinador Tiago Sousa", que até aqui foi adjunto de Nuno Campos.
Os açorianos condenaram ainda as "peças noticiosas que têm sido avançadas nos últimos dias, por diversos órgãos de comunicação social", que consideram "uma óbvia e clara tentativa externa de promover a destabilização" do clube.
"Serão avançadas as diligências judiciais necessárias a fim de proteger a nossa instituição e a dignidade dos elementos que diariamente a representam e defendem", assinala o comunicado.
Desde domingo que vários órgãos de comunicação social avançaram que Nuno Campos estaria de saída do Santa Clara, um facto confirmado hoje pela SAD insular.
O Santa Clara é o atual 16.º classificado do campeonato, com os mesmos 10 pontos de Famalicão e joga na próxima sexta-feira frente ao Vitória de Guimarães, nos Açores.
Nuno Campos, de 46 anos, deixa o cargo após nove jogos, seis dos quais para a I Liga, nos quais somou uma vitória, um empate e quatro derrotas, tendo ainda sido eliminado da Taça de Portugal.
Quando o treinador substituiu Daniel Ramos no comando técnico, os açorianos estavam em 15º. lugar, com seis pontos (quatro derrotas, três empates e uma vitória).
Esta foi a primeira experiência de Nuno Campos como treinador principal, depois de ter sido adjunto de Paulo Fonseca na Roma (Itália), Shakhtar Donetsk (Ucrânia), Sporting de Braga, Paços de Ferreira e FC Porto.
Nuno Campos é o sétimo treinador a sair na I Liga de 2021/22
O treinador Nuno Campos deixou hoje o Santa Clara, apenas após nove jogos no comando da equipa açoriana, protagonizando a sétima 'chicotada psicológica' na I Liga de futebol, à passagem da 14.ª jornada.
Nuno Campos iniciou a 'dança de treinadores' na edição 2021/22 do campeonato, à oitava ronda, na sequência da saída Daniel Ramos, que solicitou a libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly.
A saída de Nuno Campos, de 46 anos, ocorre pouco tempo depois de Jorge Simão ter deixado o comando do Paços de Ferreira, no sábado, face aos maus resultados.
Ao serviço dos Paços de Ferreira, Jorge Simão obteve apenas seis triunfos em 23 encontros oficiais para todas as competições, entre I Liga (duas), taças de Portugal e da Liga (uma em cada competição) e Liga Conferência Europa (as restantes três), com destaque para o triunfo diante do Tottenham, de Inglaterra, por 1-0. Jorge Simão sucede a João Henriques, que em 1 de dezembro acertou a rescisão de contrato com o Moreirense, também devido aos maus resultados.
Na altura, João Henriques, de 49 anos, tinha deixado os minhotos na 16.ª posição, de acesso ao 'play-off' de permanência, com nove pontos, apenas um acima da zona de descida direta, após uma vitória - 2-1 na receção ao Arouca, à sétima jornada) -, seis empates e cinco derrotas.
Dias antes, o Boavista promoveu o regresso de Petit à sua casa de partida enquanto jogador e treinador, na sequência da rescisão com João Pedro Sousa, que, então, assumiu ter recebido uma "proposta irrecusável de um clube estrangeiro".
Com dois triunfos, cinco empates e cinco derrotas no campeonato, o técnico, de 50 anos, deixou o Boavista em 11.º na I Liga, com 11 pontos, dois acima do lugar de 'play-off' e três sobre a zona de despromoção direta, estando há nove rondas consecutivas sem vencer.
A saída de João Pedro Sousa foi idêntica à de Daniel Ramos, que, à oitava jornada, solicitou a sua libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly, sendo substituído por Nuno Campos.
Em 2021/21, a 'dança' dos treinadores começou invulgarmente apenas nessa ronda, algo que não acontecia há quase 20 anos, englobando ainda a saída de Petit do Belenenses SAD, que treinava desde janeiro de 2020, no 17.º e penúltimo posto, com quatro pontos.
O atual técnico do Boavista foi rendido por Filipe Cândido, recrutado à União de Leiria, da Liga 3, que se estreou na I Liga.
À 11.ª jornada, foi a vez do espanhol Júlio Velázquez, entretanto substituído por Vasco Seabra, não resistir a tantos desafios sem vencer pelo Marítimo, deixando-o em 17.º e penúltimo, com sete pontos, depois de seis derrotas, quatro empates e uma vitória.