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Polícia investiga caso das explosões em Dortmund "em todas as direções"

A polícia alemã disse esta quarta-feira que continua a investigar "em todas as direções" o caso das três explosões que ocorreram perto do autocarro da equipa de futebol do Borussia Dortmund, que ocorreu na terça-feira.

© Reuters Staff / Reuters

A porta-voz da polícia, Nina Vogt, disse à televisão ZDF que "é claro que no início as investigações têm de ir em todas as direções", sublinhando que todas as direções estão "em aberto".


A equipa do Borussia Dortmund estava a caminho do jogo dos quartos de final da Liga dos Campeões contra o Mónaco, em Dortmund, na Alemanha, quando o autocarro da equipa alemã foi atingido por três explosões, resultando em dois feridos, o jogador espanhol Marc Bartra e um polícia.


Os meios de comunicação alemães, citando fontes não identificadas, disseram que uma carta foi encontrada na zona das explosões e que continha uma retórica radical islâmica, mas a polícia não tem a certeza se é genuína.


O autocarro foi atingido perto do hotel onde os jogadores se encontravam concentrados, no subúrbio de Dortmund, e a polícia acredita que foi um ataque direcionado.

O jogo foi adiado para esta quarta-feira e terá a segurança reforçada.


Os investigadores estão a verificar a autenticidade da carta encontrada na zona das explosões e recusam-se a dar qualquer detalhe do seu conteúdo.


O jornal Die Welt e o portal online Sueddeutsche Zeitung divulgaram que a carta encontrada fazia referência à participação da Alemanha na coligação militar contra o grupo extremista Estado Islâmico.


Os aviões de reconhecimento alemães Tornado não estão a participar diretamente em combates. A carta, segundo os meios de comunicação, será levada a especialistas em radicalismo islâmico para determinar a sua veracidade.

Enquanto isso, a agência de notícias DPA informou que os investigadores estavam a verificar declarações encontradas na internet que indicam ligações à esquerda mais radical, que pretendia punir o clube por alegadamente não se opor fortemente ao racismo.


Os procuradores federais farão um comunicado à uma da tarde, horas de Lisboa.

Lusa

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