"Não irei, seguramente, sob a bandeira do Comité Olímpico Internacional. Em primeiro lugar, porque sou russa e tenho um país e uma bandeira. Em segundo lugar, o presidente do COI Thomas Bach já disse há algum tempo que competir sob a bandeira do COI é improvável, já o nosso país não boicota os Jogos, nem está em guerra", afirmou.
A dupla campeã olímpica (Atenas2004 e Pequim2008) e medalha de bronze em Londres2012 disse ainda que há outras circunstâncias importantes para si e que a impediriam de competir sob a bandeira olímpica.
A russa saltou hoje 4,50 metros nos Campeonatos da Rússia de atletismo, uma marca que lhe garantiria a presença no Rio2016, naquele que foi o seu primeiro salto oficial desde que decidiu ser mãe a seguir ao triunfo nos Mundiais de Moscovo, em 2013.
"Hoje foi o meu primeiro salto oficial depois da baixa de maternidade. O meu salto demonstrou que estou realmente preparada para ganhar a terceira medalha olímpica de ouro, mas devido a algumas pessoas certamente não poderei fazê-lo", referiu.
Este poderá mesmo ter sido o último salto da carreira de Isibayeva, caso o COI decide na terça-feira não abrir exceção para os atletas russos sem suspeitas de uso de doping.
"Pode ser que o meu final de carreira e o veredicto do COI sejam no mesmo dia", disse a russa.
O COI terá na segunda-feira um encontro para estudar "a situação dos países cuja agência nacional tenha sido declarada incumpridora" pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
Na sexta-feira, a IAAF decidiu manter a suspensão da federação russa, devido a vários escândalos de dopagem, alegadamente apoiados pelo estado, decisão que deixa fora dos Jogos os atletas daquele país.
Lusa