Em comunicado, a ITF informou que a antiga número um mundial e vencedora de cinco torneios do Grand Slam está suspensa de toda a atividade até 25 de janeiro de 2018 e que lhe serão retirados os pontos relativos ao último Open da Austrália, assim como todos os prémios monetários conquistados.
Sharapova revelou, a 7 de março, que teve um controlo positivo no Open da Austrália por meldonium, uma substância inserida dentro das "Hormonas e moduladores metabólicos" e que passou a fazer parte da lista de substâncias proibidas desde 01 de janeiro, mas desculpou-se assumindo que não tinha visto a lista atualizada enviada pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
A russa alegou que tomava a substância desde 2006 para combater a predisposição genética para a diabetes, a falta de ferro, a deficiência imunológica e frequências cardíacas irregulares.
Maria Sharapova vai recorrer da decisão
"Com a sua decisão de impor uma suspensão de dois anos, o tribunal da ITF concluiu unanimemente que aquilo que fiz não foi intencional. O tribunal descobriu que não procurei tratamento médico de modo a melhorar o rendimento desportivo. A ITF despendeu imenso tempo e dinheiro a tentar provar que eu violei intencionalmente os regulamentos antidoping e o tribunal concluiu que não. Precisam de saber que a ITF pediu uma suspensão de quatro anos e o tribunal rejeitou", começou por dizer uma das maiores figuras do ténis mundial na sua página do Facebook.
Pelo facto de o tribunal ter concluído que a russa não violou deliberadamente o código antidopagem, Sharapova defende que não pode aceitar a suspensão de dois anos.
"O tribunal, cujos membros foram escolhidos pela ITF, concordou que não fiz nada com má intenção, ainda assim querem impedir-me de jogar ténis durante dois anos. Vou recorrer imediatamente para o Tribunal Arbitral do Desporto", revelou.
Positivo para meldonium
O positivo foi registado num controlo realizado a 26 de janeiro, dia do seu encontro dos quartos de final com a número um mundial, a norte-americana Serena Williams, que a russa perdeu por 6-4 e 6-1.
O meldonium (ou mildronate) é um fármaco, proibido na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, recomendado para combater a insuficiência cardiovascular e permite que o coração suporte grandes cargas de trabalho físico ou intelectual.
No entanto, a AMA decidiu proibi-lo este ano, após receber dados alarmantes que confirmavam o seu uso recorrente por parte de desportistas profissionais nos países resultantes do desmembramento da União Soviética.
Com Lusa