Numa mensagem publicada na sua página oficial do Facebook, a atleta russa acusou "alguns meios de comunicação de distorcer, exagerar ou serem incapazes" de informar o que realmente aconteceu e garantiu estar "decidida" a defender-se.
"É completamente falso que fui avisada cinco vezes sobre a iminente proibição da substância. Isso nunca aconteceu. Não estou à procura de desculpas por desconhecer essa proibição. Devia ter tomado mais atenção aos e-mails que recebi", afirmou Sharapova.
A antiga líder do ranking mundial admitiu que recebeu informações da AMA no início do ano, em que estava declarado a introdução do meldonium como substância proibida, mas que acabou por não ler.
"Esse documento tinha milhares de palavras, muitas delas técnicas e desconhecidas para as pessoas normais. Deveria ter tomado mais atenção, mas qualquer pessoa que tenha acesso a esse documento entende o que estou a dizer. Insisto, isto não são desculpas, mas é errado dizer que fui alertada cinco vezes", frisou.
Sharapova assegurou que foi "sempre honesta" e que nunca simulou uma lesão para poder fugir a um controlo antidoping.
"Também é mentira que tomava meldonium diariamente. Tomava segundo o que tinha sido recomendado pelo médico e em pequenas doses", acrescentou.
Maria Sharapova revelou na semana passada que teve um controlo positivo a meldonium, uma substância que toma desde 2006 e que se tornou proibida este ano, assumindo que não tinha visto a lista atualizada de produtos proibidos.
De acordo com a ITF, a russa foi controlada a 26 de janeiro no Open da Austrália, num teste que revelou a presença do produto proibido, tendo a tenista reconhecido a existência da substância. Maria Sharapova será suspensa preventivamente a partir de 12 de março, até que o caso esteja resolvido.
A russa, que venceu cinco torneios do 'Grand Slam', foi eliminada nos quartos de final do Open da Austrália, que se disputou no final de janeiro.
Lusa