"É a escolha do coração, da paixão, reapresento-me a uma novo mandato na UEFA, não me candidato à FIFA, esta não é uma escolha por defeito", afirmou o antigo internacional francês, de 59 anos. "Ainda não é o momento, não é a minha hora, ainda não é, refleti muito, mas não me consegui convencer", acrescentou Platini, em conferência de imprensa, no Mónaco.
A eleição na FIFA realiza-se a 29 de maio de 2015, em Zurique. O francês Jérôme Champagne, 56 anos, ex-vice-secretário-geral do organismo, é o primeiro candidato declarado, enquanto Joseph Blatter, de 78 e presidente desde 1998, já deu a entender que poderá avançar para um quinto mandato.
"Joseph Blatter não é oficialmente candidato, mas penso que vai ser", disse Platini. "Ajudei-o em 1998, em 2002, em 2007, em 2011, ele pediu-me para ajudá-lo. Penso que ele vai avançar em 2015, mas não vou apoiá-lo. Disse-lhe olhos-nos-olhos, porque penso que a FIFA precisa de uma lufada de ar fresco", sublinhou.
Platini garantiu que a sua decisão não foi tomada em função do adversário, lembrando que em 2007 se candidatou à presidência da UEFA enfrentando o presidente de então, o sueco Lennart Johansson, e ganhou. "Portanto, não me podem acusar de ter medo de Blatter", frisou.
"A minha questão é UEFA ou FIFA. Eu até tenho estima por Blatter, mas ele deveria deixar o seu lugar", disse Platini, eleito em 2007 num escrutínio cerrado, antes de ser reconduzido por aclamação em 2011.
Blatter não assumiu oficialmente a sua candidatura, mas, no congresso da FIFA realizado no início de junho, em São Paulo, o suíço deixou bem claras as suas intenções perante os delgado, ao afirmar que estava "pronto a acompanhá-los no futuro".
"Sinto-me bem, o meu mandato vai terminar a 29 de maio de 2015, mas a minha missão não está terminada", afirmou então Sepp Blatter.