A escritora canadiana Alice Munro, que se destacou como contista, vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 2013, morreu aos 92 anos, noticiou esta terça-feira o jornal de Toronto The Globe and Mail, que cita fontes familiares.
Munro foi uma escritora que se afirmou literariamente ao abordar nos seus escritos temas como a escuridão e o desejo na vida quotidiana, tendo sido também distinguida com o Prémio Man Booker Internacional em 2009.
Alice Munro começou inicialmente a escrever contos enquanto era dona de casa. Pretendia um dia escrever um romance, mas disse que, com três filhos, nunca conseguia encontrar o tempo necessário.
Munro começou a construir uma reputação quando as suas histórias começaram a ser publicadas na New Yorker, na década de 70.
A autora que ficou conhecida como a "Tchekhov canadiana" morreu depois de ter sofrido de demência durante mais de uma década.
O percurso de Alice Munro
Alice Munro nasceu a 10 de julho de 1931 em Wingham, na província canadiana de Ontário. A mãe era professora e o pai era criador de raposas.
Após terminar o liceu, começou a estudar jornalismo e inglês na Universidade de Western Ontario, mas interrompeu os estudos quando se casou, em 1951.
Juntamente com o marido, estabeleceu-se em Victoria, em British Columbia, onde o casal abriu uma livraria.
Apesar de ter começado a escrever histórias quando ainda era adolescente, só publicou o seu primeiro livro em 1968, a coleção de contos "Dance of the Happy Shades" (Dança das Sombras Felizes), que recebeu uma atenção considerável no Canadá.
Munro é sobretudo conhecida pelos seus contos e publicou muitas coleções ao longo dos anos.
Com LUSA